Não se faz omelete sem quebrar o Teto de Gastos
Manter a política de austericídio ao mesmo tempo em que busca manter algum apoio popular é uma conta que não fecha, mesmo que pretenda apenas melhorar um programa assistencialista. A renda emergencial foi possível porque o país quebrou os dogmas fiscais. Em um momento de grave crise, o Estado forte é tolerado pelo “mercado” – e não foram poucos os seus porta-vozes que imploravam por auxílio, tanto para trabalhadores, quanto para empresas.
Passada a fase mais aguda da crise – mas longe de ver a luz no fim do túnel – os mesmos setores pressionam, na mídia e no mercado financeiro, pela volta ao status quo. Como bem anota Rubens Sawaya, professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia Política da PUC-SP, em artigo no Jornal dos Economistas (edição de outubro), “o presidente é obrigado a dizer amém a Guedes, quem de fato manda no governo e representa os interesses das elites que tomaram o poder em 2015. São esses grupos, aliados à grande mídia, os responsáveis por manter Bolsonaro sob controle ao ameaçarem abrir a ‘caixa de rachadinhas’ milicianas.”
Prossegue Sawaya: “O país sobreviverá a mais anos de austericídio? Será que essas elites realmente acreditam que continuarão a ganhar dinheiro em terra devastada? O que sobrará após essa destruição das instituições e da estrutura produtiva nacional? Qual será o nosso futuro?
Rigor suíço
A autoridade fiscal do Zimbábue, Zimra, acredita que uma das empresas mais lucrativas da Suíça tentou “fugir de suas obrigações fiscais”. A Zimra alega que a ABB deve US$ 13,4 milhões em pagamentos ao país africano. A ABB nega qualquer irregularidade. No entanto, O International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) afirma que documentos, assim como notícias da publicação The Standard, do Zimbábue, revelam que, em 2014, a ABB South Africa buscou e recebeu aconselhamento da empresa de auditoria Deloitte que sinalizou potenciais problemas fiscais para a subsidiária da empresa no Zimbábue.
Coerência
“Não sei se são irresponsáveis, homicidas ou não regulam bem. Futebol não é essencial.” Por essa frase em maio, Montenegro, o do Ibope, foi processado ontem. O Flamengo pede 20 mil reais. É aquele time que treinava escondido, quer torcida no estádio… e está com 41 infectados.
Rápidas
O empresário Fabiano Barcellos é um dos idealizadores da Escola de Negócios, que chega a sua quinta edição, 24 de outubro, às 14h, online. Entre os palestrantes, o empresário e consultor estratégico de empresas, Dernizo Pagnoncelli. O objetivo é orientar as pessoas que querem mudar de carreira ou terem um plano B na vida profissional *** Nesta quarta-feira, a Aspen Pharma realizará live com a psicóloga Barbara Carissimi sobre a campanha Setembro Amarelo “Prevenção ao Suicídio: é preciso agir!”, a partir de 16h, no Instagram: @aspenpharmabrasil